8 de outubro de 2012

Saudades,




Matilde tem saudades, muitas saudades dele e de tudo. Mas a saudade é mesmo isso, saudade, uma prova um pouco ingrata que o passado valeu a pena. Ha coisas nas suas vidas que ela não dispensaria   por nada deste mundo, outras ela vive bem sem. Mas tudo faz parte. E um passado ninguém pode apagar, faz parte da felicidade saber suportar tudo. Faz parte da felicidade saber tudo da vida de quem se ama, mas mesmo assim estar ali firme, mesmo que isso traga muitos dissabores, apertando-lhe a mão sempre que necessário, e nunca mas nunca julgar suas ações passadas.  Ela teve de aceitar tanta coisa, coisas que metades das mulheres do mundo nunca aceitariam, mas essa metade das mulheres do mundo também não amam com certeza
 Dizem que o amor perdoa tudo, mas nada esquece. Ele esquece, acreditem. Não por completo, não para sempre, mas esquece. Porque o amor dela por ele, perdoou tudo, esqueceu tudo, e esteve ali como da primeira vez, intocável nem que tenha sido por uma noite.
 É um amor ingrato, ela merece bem melhor e tudo o mundo sabe. Não melhor que ele, mas sim, um amor melhor do que o dele. Ele também sabe. “ Pudesse eu escolher quem amar”.  Pode ate ser o pior amor de sempre aos olhos do mundo, mas para os seus olhos é o seu amor, o seu grande e maravilhoso amor, o seu grande e maravilhoso homem, e isso ninguém lhe pode tirar.  
Saudades, da tua e sempre tua Matilde.




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