Matilde tem
saudades, muitas saudades dele e de tudo. Mas a saudade é mesmo isso,
saudade, uma prova um pouco ingrata que o passado valeu a pena. Ha coisas nas
suas vidas que ela não dispensaria por nada deste mundo,
outras ela vive bem sem. Mas tudo faz parte. E um
passado ninguém pode apagar, faz parte da felicidade saber suportar
tudo. Faz parte da felicidade saber tudo da vida de quem se ama, mas mesmo
assim estar ali firme, mesmo que isso traga muitos dissabores, apertando-lhe a mão sempre
que necessário, e nunca mas nunca julgar suas ações
passadas. Ela teve de aceitar tanta coisa, coisas que metades das
mulheres do mundo nunca aceitariam, mas essa metade das mulheres do
mundo também não amam com certeza
Dizem
que o amor perdoa tudo, mas nada esquece. Ele esquece, acreditem. Não por
completo, não para sempre, mas esquece. Porque o amor dela por ele,
perdoou tudo, esqueceu tudo, e esteve ali como da primeira vez, intocável nem que
tenha sido por uma noite.
É um amor ingrato, ela merece bem melhor e
tudo o mundo sabe. Não melhor que ele, mas sim, um amor melhor do que o dele.
Ele também sabe. “ Pudesse eu escolher
quem amar”. Pode ate ser o pior amor
de sempre aos olhos do mundo, mas para os seus olhos é o seu amor, o seu grande
e maravilhoso amor, o seu grande e maravilhoso homem, e isso ninguém lhe pode
tirar.
Saudades, da tua e sempre tua Matilde.
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